sexta-feira, 1 de março de 2013


Hoje apetecia-me ficar a ouvir-te!
Passar a noite inteira acordada enquanto a tua voz se propaga pelos meus ouvidos.
Apetecia-me fugir contigo durante uma hora ou duas. Isso bastaria para me acalmar o corpo. Só uma hora ou duas.
Deixar que os nossos corpos se envolvam. Se percorram.
Esquecer o resto.
Naquelas uma ou duas horas, só te quero a ti.
Preciso de serenar o espírito e o corpo.
Preciso mesmo muito de sentir o teu toque. As tuas mãos a percorrerem-me. O teu corpo contra o meu.
Esta inquietação deixa-me á beira da loucura. Juro que a qualquer momento poderia...nem sei o que poderia fazer.
Mas é bom isto, sabes?
Mesmo que ai estivesse não poderíamos, eu sei...mas nesta fase acho que me interessa muito pouco o que poderíamos ou não fazer.
Porque afinal de contas preciso tanto de te sentir.
Não é expectável ou possível que percebas o que quero dizer.
O que o meu corpo sente, sequer.
Mas ainda assim, bolas!
Quero-te comó raio!
E isto é muito pouco justo mesmo.
Um dia largo isto tudo. Desapareço do teu mapa. Porque um dia isto vai ser insuportável demais.
Não vais voltar a ouvir falar de mim. Não vais voltar a ouvir a minha voz, ou a chamar pelo meu nome.
Só vais saber que existi durante aquele curto espaço de tempo, e que foi bom. Mesmo à distância foi muito bom.
O problema é que ainda não me apetece fugir. Se é por te querer? Não sei.
Mas acredita que todos os dias tento convencer-me a deixar isto tudo para trás, de vez.
Acho que um dia vou ser capaz. Espero pelo menos ser capaz.
Porque o simples facto de me deixar envolver nisto, não é justo. Muito menos para ti.
Hoje ainda não me apetece esquecer-te.
Hoje só me apetecia sentir o teu toque.
O arrepiar da pele.
Hoje apetecia quebrar todas aquelas barreiras que estabeleci tão criteriosamente. E das quais te falava no outro dia.
Hoje talvez te deixasse foder comigo. E talvez fodesse contigo também.

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