Somos feitos de idiossincrasias, de pequenos nadas, de quereres, de emoções e pragmatismos.
Uma massa, um material completamente vulnerável que à mais pequena coisa deixa de existir ou funcionar em plenas condições.
De cérebros efusivos, corações palpitantes.
De moléculas e pequenos átomos que se transformam a cada nano-segundo.
Somos orgulhosos, temerários, bravos guerreiros.
Apaixonados.
Sentimentalistas.
Maus ou bons.
Somos o que somos.
Há quem nos goste, há quem nos odeie. Há quem nos ame!
Somos carinhosos, sensíveis, emocionais.
Vibramos com grandes coisas.
Apaixonamo-nos pelas mais pequenas.
Adoramos o toque, os gestos, as palavras e os números.
Sorrimos com um olhar, com um gesto, um piscar de olho.
Uma palavras dita com carinho.
Respeitamo-nos.
Sabemos reconhecer os mais forte, ajudamos os mais fracos.
O sangue corre-nos nas veias, umas mais quentes, outros mais frios.
Incomodamo-nos com palavras, com as mais ridículas das coisas. Que julgamos não serem próprias ou as mais adequadas em determinado contexto.
Explodimos em loucuras furiosas por nada e coisa nenhuma.
Mas no fundo somos um resto de nada.
Um pequenino pontinho num enorme universo.
Voláteis.
Acima de tudo muito voláteis.
O que é hoje, amanhã já não é e no dia seguinte volta a sê-lo.
Vivemos despreocupados, desprendidos, muito felizes uns. Sobrevivemos outros.
Á partida tudo nos une, mas é precisamente o que nos une que nos separa!
Há dias assim, em que pensamos que tudo aquilo que acreditávamos ser, cai aos nosso pés, e por uma coisa tão ridícula.
A imagem que tínhamos construído de nós próprios é abalada.
E custa comó raio!
Porque damos demasiada importância a coisas pouco importantes. Que não deviam incomodar em circunstâncias normais, mas que noutras...
E depois alguém nós faz parar. Ouvir!
Deixa de ser tão relevante o que antes nos incomodava.
E fica só assim, uma moinha, um orgulho meio ferido, mas que há-de recuperar tão depressa como se não tivesse sido absolutamente nada.
Olhamos outra vez em frente. E bem à nossa volta! Porque é a nossa volta que estão as coisas mais incríveis e inesperadas.
Que no fundo parecem tão ridiculamente invisíveis num segundo e no outro fazem-nos um bem desgraçado!
Ontem foi assim! Um dia complicado, em que achei, por momentos, que a perspectiva que tinha de mim própria não se coadunava com a realidade! Mas as circunstancias mostraram-me precisamente o contrario!E ainda bem!
Portanto OBRIGADA a quem me "ouviu" e me aturou! A quem percebeu que eu estava mesmo a precisar de um "par de chapadas" e acordar para a realidade! Ou de um bocadinho de atenção...
Porque afinal nem devia ser preciso nada disto, tendo em conta a pequeneza da situação! Mas ainda assim...e foi muito importante ter ali alguém naquele momento!