quarta-feira, 6 de março de 2013


Hoje sonhei contigo. Outra vez...
E consome-me não te poder tocar. Sei que estou sempre a repeti-lo. Nem sequer percebo porque é que o toque se tornou tão importante. O toque. Tão essencial à vida.
Hoje, queria ter acordado contigo ao lado.
Queria ter perdido tempo a acordar-te a ti. A beijar-te, a boca, o corpo...
Queria ter cheirado a tua pele ainda meio adormecida.
Morder-ta com muito jeitinho para não te magoar.
Sentir o teu sabor.
Queria ter-te agarrado as mãos. Queria tê-las sentido em mim.
Hoje queria ter feito amor contigo enquanto a chuva caia lá fora.
Hoje acordei assim. Sem vontade de sair da cama.
Percorrida pela incapacidade de estar contigo.
Nem o barulho ensurdecedor da rua foi capaz de me fazer levantar.
Nem o frio da cama.
Hoje continuo a sentir o vazio que é não te ter. Não poder estar contigo.
E amanhã...
E no dia a seguir...
E no outro...
Hoje o gostar de ti, o querer-te, doí (eu sei que não gostas que o diga), mas a verdade é que doí.
Hoje o desejo insuportável que me rodeia, asfixia.
Porque hoje queria ter acordado ao teu lado.
Queria ter-te sentido sobre mim.
Sentir o teu membro duro, penetrar-me. Uma e outra vez.
Sentir o suor escorrer pelos nossos corpos.
Os teus beijos na minha boca, no meu pescoço, no meu peito.
Enquanto entravas e saias de mim, devagar. Muito devagar.
Numa cadencia torturante.
Hoje já disse mais do que devia. Mas hoje, o aperto que sinto sufoca.Tortura. Enlouquece.
Hoje queria esquecer o mundo e ficar só um bocadinho contigo.

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