sexta-feira, 14 de junho de 2013


Os dias fluem com uma calma incomum após a grande tormenta.
Contrastam de uma forma absolutamente ridícula com aquilo que me vai na alma.
É um tal antagonismo que nem há forma de o explicar.
O sentimento é um tanto anbivalente. Se por um lado sinto uma culpa tremenda por tudo, por outro sinto a falta daqueles dias passados na presença dele.
Invarivalemente o que passou já lá vai, e como tenho dito diversas vezes aqui, tenho consciência que o que queria, e nos moldes que queria não posso ter.
Essencialmente preferia que, a ter acabado, tivesse sido de outra forma. Porque um de nós se fartou do outro, e não pelo segredo descoberto.
Mas nem sempre a vida corre de acordo com aquilo que queremos.
É fodido? É. Muito mesmo.
Foi o destino? Já estava tudo traçado?
Não, não acredito nisso.
Acho que somos nós quem faz as próprias escolhas.
E nesse caso temos que assumir a nossa responsabilidade em vez de culpar o destino.
Eu seguramente quis tudo aquilo. Fui eu quem escolheu não me afastar. Fui eu quem escolheu aceder aos pedidos de um encontro. Fui. Assumo. Ninguem decidiu por mim.
Já estava escrito que ia ser assim? Até te encontrar podia ter voltado para casa, não o fiz. Porque escolhi não o fazer.
Ou seja, podíamos ter optado por não nos relacionar de forma tão intima. Sim claro que podíamos.
Seriamos sido mais ou menos felizes. Não sei.
Seguramente teria sido tudo muito diferente.

Há dias lia que os portugueses têm uma predisposição para o sofrimento. A saudade. o Desamor.Não sabem viver de outra forma.
Sinceramente, mau seria se não tivesse saudades, se não estivesse a sofrer. Não me interessa saber que do outro lado o sentimento não é reciproco. Interessa-me que amei! Muito. Que naquele momento fui muito feliz. Vivi intensamente, loucamente. Mas vivi.
Sai da zona de conforto.
Arrisquei o meu coração por algo que sabia que nunca ia ter.
E ainda bem.
Porque as minhas saudades são boas.
Trazem-no de volta. E eu gosto de o ter aqui.
É egoísmo? Não, é saudade do que já lá vai e que não volta.
Contentamento por ter ariscado. Por ter amado. Mas sobretudo por ter vivido.



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