quarta-feira, 18 de julho de 2018

Não escrevo neste blog há sensivelmente, 4 anos e meio...como é que de repente passou tanto tempo, se ainda ontem estava a escrever no braço do meu colega de trabalho, a tirar fotos e a postar aqui?
O tempo durante o qual aqui não escrevi, foi também o tempo durante o qual não voltei a este blog. A esta minha casa, porque no fundo, este espaço ouviu as minhas dores, riu-se das minhas parvoíces, delirou com os meus devaneios mais arrojados...e eu abandonei-o, assim, sem dó nem piedade.
Abandonei-o porque na minha vida apareceu outro alguém, um alguém de carne e osso, que me quis, que me desejou, que me amou muito, mas que foi embora.
Agora que ele abalou eu volto aqui, para carpir as minhas mágoas ao mundo. Escreve-las para que ninguém em particular as leia, mas para que fiquem registadas. Para amanhã poder rele-las. Para pensar que a dor de perder alguém, seja ele quem for e de que forma for é sempre igual.
Porque perdida na leitura de algumas coisas que aqui escrevi, percebi que seriam hoje tão atuais, como um dia foram.
E é triste. É triste porque pensei que não voltaria a este ponto. Pensei que já tinha sofrido tudo, que tinha encontrado o amor verdadeiro, aquele das novelas e dos livros, aquele que nos faz saltar o coração. Que nos provoca um friozinho na barriga, mas ao mesmo tempo nos envolve numa estabilidade e calmaria bestiais. Mas não. Não encontrei.
Ele foi embora. Por culpa minha é certo. Mas foi. E eu...eu perdi o sentido da vida. O sentido dos dias que passam. Mas isso é uma história para outros posts.
Só queria avisar que voltei. Voltei por tempo indeterminado. Voltei porque preciso de abrigo, da compreensão de quem não me lê, do alivio que a escrita provoca.

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