domingo, 17 de março de 2019

O suor escorre-me pelas costas quando paro a passadeira.
Ao mesmo tempo que tento recuperar o fôlego, vejo-te, do outro lado da sala a puxar ferro.
Uma imagem de tal forma eletrizante que quando volto a mim estou a dirigir-me a ti, meia despida, a roupa espalhada pelo chão.
E sento-me no teu colo enquanto pousas os pesos.
Agarras-me pela cintura e as nossas bocas unem-se num beijo húmido, sensual. As línguas tocam-s.
Dançam a um ritmo inebriante.
Mordiscas o meu lábio e ris. Ris com aquele ar de quem sabe ser dono do mundo e de mim.
Agarras-me os seios túmidos, hirtos de desejo, mordes um deles.
Uma onda de prazer percorre o meu corpo, poderia vir-me ali. Sentada ao teu colo, tu com o meu seio na tua boca, mas espero. Quero prolongar o momento. Sentir cada toque, cada suspirar.
Sinto o teu membro pulsar contra o meu sexo. Ainda estás totalmente vestido.
Desço de ti, ajoelho-me, tiro-o para fora. A minha língua percorre-o lentamente e enfio-o na boca.
Vejo-te arquejar. Gemer.
Agarras-me a cabeça e pressiona-la mais contra ti, com força. Como se me quisesses penetrar até ao mais profundo do meu ser.
Quando finalmente me solto estou sem ar. Caída no chão. Meio abananada.
Pegas em mim, com um cuidado quase cálido e sentas-me novamente no teu colo.
Agarras-me as nádegas. Unes o teu sexo ao meu.
Sinto-o inchado, dentro de mim. Num vai e vem frenético. Procurando um climax, mas ao mesmo tempo retraindo-se. Também queres que dure.
- Vem-te para mim. - sussurras no meu ouvido.
- Não consigo...
- Porquê? - perguntas incrédulo.
- Porque preciso que me beijes aqui. - e ao mesmo tempo que aponto para o meu sexo, um misto de loucura e desejo percorrem- te o olhar.
Levantas-te ainda comigo ao colo. Deitas-me no banco. Sais de dentro de mim. Afastas-me as pernas e debruças-te.
A tua língua desenha círculos, círculos esse que me percorrem em ondas.
O meu corpo trémulo. Fraco. Cresce de desejo a um ritmo alucinante. Ouço-me gemer e por fim. Cai-o num abismo de perdição. De devassa loucura.
À medida que os espasmos acalmam levantas-te, diriges-te a mim e entras mais uma vez na minha boca. Fodes-me violentamente. E em breves segundos vens-te também. No meu peito, por entre gemidos de êxtase.
Sinto as minhas mãos apertarem os apoios laterais da passadeira e percebo que o nosso olhar se cruzou no espelho.
Coro e baixo a cabeça. Desço da máquina e afasto-me. O coração acelerado, o passo trémulo... talvez num outro dia, a uma outra hora, num outro lugar quem sabe se vou descer do alto de mim e foder contigo.

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